Direito Ambiental e Cinema

A crítica que o grupo de pesquisa Estudos e Saberes Ambientais – Homenagem a Enrique Leff: Sustentabilidade, Impactos, Racionalidade e Direitos – ESAEL traz para o mês de abril é do filme “Vinhas da Ira” cuja crítica pode ser vista logo abaixo.

VINHAS DA IRA

 Tom Joad (Henry Fonda) sai da prisão depois de quatro anos preso por homicídio e ao voltar para a fazenda da família descobre que seus pais estão prestes a se mudar para a Califórnia para encontrar trabalho nas plantações do que na fazenda que vão abandonar.

Os Joads são okies (arrendatários de terra no Oklahoma) e devido a um furacão e mudanças climáticas a fazenda onde moram se torna improdutiva. Estamos no auge da depressão americana e milhares de pequenos fazendeiros arruinados vendem suas terras que foram passadas de geração a geração aos bancos e buscam trabalho de todas as formas.

Na tela vemos os Joads em seu deslocamento num caminhão com os pertences da família rumo à Califórnia e a cada passo da viagem os problemas, a fome e desespero aumentam e a visível ligação dos Joads com a terra. Nessa odisseia, os Joads encontram do mais puro ato de egoísmo à solidariedade que ainda mantém a crença na humanidade.

O diretor John Ford, baseado no excelente livro de John Steinbeck, fez um dos seus melhores filmes.  A fotografia de Gregg Tolland em preto e branco destaca a beleza da paisagem americana e o roteiro cheio de diálogos afiados foi reproduzido por um time de atores talentosos.

Vinhas da Ira concorreu a 7 Oscars em 1941, perdeu o principal para Rebecca de Hitchcock (perder para Hitchcock não é demérito), contudo John Ford levou o melhor diretor e o de melhor atriz coadjuvante para Jane Darwel, que interpreta a mãe.

Ficha técnica: Vinhas da Ira (1940). Diretor: John Ford. Roteiro: Nunnally Johnson (baseado no livro de John Steinbeck).